Algumas questões sobre a medicalização na infância: Ritalina.

O estimulante metilfenidato, conhecido por Ritalina (ou Concerta), tem sido largamente utilizado como medicamento para transtornos relacionados à atenção e hiperatividade em crianças e adolescentes. Alguns dados em relação a necessidade de rever um alto número de diagnósticos de transtornos na infância nos incitam a levantar um sinal de alerta quanto à alto quantidade de prescrição deste fármaco, assim como de outros medicamentos psicoativos na infância.

Alguns questionamentos são necessários, principalmente ao se constatar a alarmante quantidade de diagnósticos que apontam a necessidade do uso da Ritalina (e mesmo de outros medicamentos psicoativos para crianças), assim como pesquisas que indicam a necessidade de reavaliação de um alarmante número de diagnósticos que podem ser imprecisos (que fique ressaltado, feitos por profissionais de diferentes especialidades tanto da Medicina quanto da Psicologia).

É comum na clínica o contato com crianças que foram medicadas mesmo quando exames neurológicos apontaram para o equilíbrio deste sistema, assim como não terem passado por qualquer levantamento de indícios comportamentais  que apontem a necessidade do psicofármaco (geralmente apenas o relato dos pais e de situações pontuais), sendo que em geral, nestes casos, o fator preponderante para a decisão pelo uso da medicação tem sido a demanda dos pais, ou da escola; o que obviamente não é adequado.

Abaixo está posto um vídeo produzido pela rede Globo News, com algumas entrevistas e uma fala da Dra. Moysés da Unicamp. Talvez alguns apontamentos no vídeo tenham sido radicalizados, mas acredito que possam ser uma saudável provocação para a reflexão sobre o tema.

Contribuem também para a discussão os seguintes artigos acadêmicos:

Segue o vídeo:

Globo Vídeos – Brasil é segundo maior consumidor mundial de ritalina

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